Páginas

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Aquecimento dinâmico: Preparando o corpo para treinar

Que o aquecimento é importante para fazer qualquer tipo de exercício isso todo mundo já sabe! Agora, que tal se usarmos esse momento antes do treino para realmente prepará-lo para o exercício? O aquecimento dinâmico tem por função ser muito mais do que simplesmente "aquecer os músculos", ele trabalha com o conceito de "preparação do movimento".
Partindo da premissa que o corpo deve, antes de se iniciar qualquer rotina de treinamento, ser livre de limitações, o aquecimento dinâmico trabalha desde a soltura das fáscias musculares com o uso de implementos como o rolo de espuma ou um bastão de soltura miofascial, passando por exercício de flexibilidade corretiva, alongamentos dinâmicos e ativação muscular. O intuito desse processo é de levar a articulação à sua amplitude total de movimento e ativar cadeias musculares,  melhorando assim o padrão de movimento. Essa melhora no padrão de movimento é responsável pela diminuição dos riscos de lesões e pelo aumento da performance durante a atividade específica.

Só para ficar claro a importância desse tipo de aquecimento, eu escolhi um vídeo de treino do atleta de MMA Victor Belfort, onde seu treinador explica um pouco sobre o aquecimento e demonstra alguns exercícios.
Espero que gostem.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Uma imagem vale mais que 1000 palavras.


Pois é! Uma imagem vale mais que 1000 palavras. Essa é uma ressonância magnética de uma mulher obesa e de uma mulher magra.
Reparem no tecido branco (gordura) ao redor do corpo. O que mais preocupa é a gordura que está localizada no interior, entre as vísceras, essa tem correlação direta com mortalidade. Segundo uma pesquisa publicada recentemente pelo Ministério da Saúde, cerca de 49% da população brasileira estão com sobrepeso sendo dessas 15,8% obesas. Esses números estão diretamente ligados ao sedentarismo, tabagismo e consumo de bebidas e alimentos com alto teor de gordura e açucares.
Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que cerca de 2,8 milhões de pessoas morrem ao ano por consequência da obesidade. Esses dados divulgados alertam para o aumento das doenças ligadas com a obesidade como, diabetes, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares etc. Essas doenças representam cerca de 2/3 das mortes pelo mundo.
No Brasil apenas 15% da população adulta é considerada fisicamente ativa, sendo que apenas 6% da população estão matriculadas em academias.
Que tal refletirmos um pouco sobre essa imagem, hem? Não vamos nos limitar a olhar para os hábitos saudáveis, reeducação alimentar+atividade física, como apenas uma forma de atingirmos uma estética pré-estipulada por padrões sociais, mas, como uma forma de cuidarmos da nossa "máquina" de uma maneira mais responsável. Olhe para os bons hábitos como um grande investimento que você estará fazendo em você mesmo, e os lucros desse investimento serão sentidos em todos os âmbitos da sua vida. 
Seguem algumas dicas.
  • Não treine apenas pela estética. Ela é consequência de todo um processo.
  • Pense no seu corpo de uma maneira mais global. Você não é apenas um abdômen.
  • Movimente-se! Seu corpo precisa disso.
  • Pense nos alimentos como o combustível do seu carro. Quanto melhor a gasolina, menos problemas você terá.
  • Tenha disciplina na hora de cuidar de você. A gente sempre arruma tempo para tudo, que tal um tempo para você?
Boa semana a todos.




domingo, 20 de janeiro de 2013

Tennessee Titans, NFL / KETTLEBELL

Para quem ainda duvida da eficiência do Kettlebell como ferramenta de preparação física. Segue algumas imagens da preparação física da Equipe do  Tennessee Titans da NFL.
Espero que gostem.
Fonte: Arte da Força.





sábado, 19 de janeiro de 2013

Desvendando o Agachamento


A grande rejeição do exercício agachamento profundo, vem devido as grandes quantidades de reclamações de dores lombares e nos joelhos. A pergunta é: essas dores são realmente causadas pelo agachamento? Poderia haver outros problemas que possam desencadear as mesmas? Pensando nisto realizamos um estudo mais cuidadoso  sobre o agachamento profundo.
Será que o agachamento profundo é um causador de dores ou será que as pessoas não sabem agachar corretamente? Loren e Chiu  2011(1)  mostram uma progressão para ensinar agachamento profundo : o grande problema é que a maioria dos profissionais de Educação Física e afins não agacham e, com isto, não conseguem ensinar a maneira correta de agachar, tornando assim é mais fácil unir a falta de prática e o medo evitando assim o exercício.  Analisando a ciência vê-se que é totalmente ilógico este medo e esta falta de pratica, por que afinal,  quanto maior a amplitude utilizada na fase excêntrica do agachamento,  maior o recrutamento de unidades motoras,  favorecendo os ganhos de força e massa muscular , quando comparados exercícios de agachamento e leg press com o agachamento profundo e leg press em amplitudes máximas , o resultado do movimento com amplitudes completas são melhores dos que os movimentos parciais (2).
Sendo o agachamento um exercício geral para a maioria dos esportes este deve ser utilizado em  treinamentos de força e velocidade com intensidades elevadas (3). Diferente do que se é interpretado o ganho de força no exercício não ocorre apenas na fase final do movimento concêntrico, daí a necessidade do trabalho em todos os ângulos articulares do joelho e quadril (4).  Segundo Weiss ET all (5) a força máxima dinâmica é adquirida através de formação técnica, por isto  para quem não realiza o agachamento profundo existe a  necessidade de realizarem uma redução da carga para a realização do movimento completo para que se consiga uma boa técnica e aprendizagem do movimento .
Se forem considerados ainda os aspectos funcionais, os estímulos neurais e morfológicos na extensão de quadril e joelho são muito grandes(6) Deve-se  utilizar o agachamento profundo  por todo o macrociclo pois o ajudam a manter a força máxima (7, 8 ). Importante ressaltar que quando o agachamento é realizado a 90º foi verificado perdas de força isométricas, explosivas (9)
Com relação a dores na região lombar, é notada um aumento de compressão na espinha em L3-L4 de  6 a 10 vezes o peso corporal, podendo chegar a 20 vezes  no agachamento a 90º  utilizando cargas de 0,8 a 1,6 do peso corporal (10), no agachamento profundo acontece a flexão do torso , a mesma reduz a da atividade do músculo eretor espinhal (11, 12), isto previne dores lombares (13) .
Com relação aos joelhos Escamilla et al. 2001 (14) demonstra o aumento das forças compressivas tíbio-femoral e patelo-femoral nos ângulos de 80º a 90º , sendo reduzidas logo após esta angulação,no entanto, essas forças caem a medida que a amplitude aumenta.(15 ) .  As preocupações de alterações degenerativas da articulação do joelho no agachamento profundo são infundadas (14),  pois este  ainda pode ser considerada mais seguro por não causar alongamento constante nos ligamentos do joelhos (16) .
Não são percebidos também  quaisquer efeitos negativos sobre a estabilidade no ligamento do joelho, as medições de estabilidade do joelho com 1,6 vezes o peso corporal não  demonstrar nenhuma alteração aguda (17).
Nos exercícios completos  ocorre uma maior participação dos músculos posteriores, estabilizando a patela através de uma co- contração da muscular  reduzindo a tensão na patela em até 50%  (18)(19)(20).
Analisando diversos estudos, pode-se  perceber que o agachamento profundo é um exercício seguro, mais ainda que o agachamento 90º, e que precisamos unir a enorme quantidade de estudos sobre agachamento com a pratica de exercícios básicos como : levantamento de peso olímpico, agachamento, levantamento terra, entre outros que vão se perdendo devidos a excesso de zelo , tabus, conclusões errôneas e principalmente por falta de pratica dos profissionais do fitness.

Referencia Bibliografica
1- Chiu, Loren Z F; Burkhardt, Eric MA, A Teaching Progression for Squatting Exercises Strength & Conditioning Journal: Volume 33 - Issue 2 - pp 46-54 April 2011 –
2 - Kell, RT. The influence of periodized resistance training on strength changes in men and women. J Strength Cond Res 25:735–744, 2011.
3- Schmidtbleicher, D. Motor ability strength: Structure, components, adaptations, training methods and periodization. In: Rowing - experience, explore, research [German]. W. Fritsch, ed. Gießen, Germany: Sport Media, 2003. pp. 15–40.
4- Hoff, J, Berdahl, GO and Bra° ten, S. Jumping height development and body weight considerations in ski jumping. In: Science and Skiing II, E.Mu¨ ller, H. Schwameder, C. Raschner, S. Lidinger and E. Kornexl, eds. Hamburg, Germany: Verlag Dr. Kovac, 2001. pp. 403–412.
5- Weiss, LW, Fry, AC, Wood, LE, Relyea, GE, and Melton, C. Comparative effects of deep versus shallow squat and leg-press training on vertical jumping ability and related factors. J Strength Cond Res 14: 241–247, 2000.
6- Bossi L.C.,Treinamento Funcional na Musculação, Phorte SP 2011
7-  Baker, D. Acute and long-term power responses to power training: Observations on the training of an elite power athlete. Strength CondJ 23: 47–56, 2001.
8- Stone, MH,O ´ Bryant, HS, McCoy, L, Coglianese, R, Lehmkuhl, M, and Schilling, B. Power and maximum strength relationships during performance of dynamic and static weighted jumps. J Strength Cond Res 17: 140–147, 2003.
9-  Influence of Squatting Depth on Jumping Performance, Hartmann, Hagen; Wirth, Klaus; Klusemann, Markus; Dalic, Josip; Matuschek, Claus; Schmidtbleicher, Dietmar, Journal of Strength & Conditioning Research; 2012; Vol. 26, Iss. 12
10-  Cappozzo, A, Felici, F, Figura, F, and Gazzani, F. Lumbar spine loading during half-squat exercises. Med Sci Sports Exerc 17: 613–620, 1985.
11 -. McGill, SM. The biomechanics of low back injury: Implications on current practice in industry and the clinic. J Biomech 30: 465–475, 1997.
12- . Potvin, JR, Norman, RW, and McGill, SM. Reduction in anterior shear forces on the L4/L5 disc by the lumbar musculature. Clin Biomech 6: 88–96, 1991.
13- Comfort, Paul; Pearson, Stephen J; Mather, David , An Electromyographical Comparison of Trunk Muscle Activity During Isometric Trunk and Dynamic Strengthening Exercises Journal of Strength & Conditioning Research: January 2011 - Volume 25 - Issue 1 - pp 149-154
14-  Escamilla RF. (2001). Knee biomechanics of the dynamic squat exercise. Med Sci Sports Exerc 33, 127-141 , 2001.
15 - Zheng N, Fleisig GS, Escamilla RF & Barrentine SW. (1998). An analytical model of the knee for estimation of internal forces during exercise. J Biomech 31, 963-967.
16. Chandler, TJ, Wilson, GD, and Stone, MH. The effect of the squat exercise on knee stability. Med Sci Sports Exerc 21:299–303, 1989.
17. Steiner, ME, Grana,WA, Chillag, K, and Schelberg-Karnes, E. The effect of exercise on anterior-posterior knee laxity. Am J Sports Med
18- Isear JA, Jr., Erickson JC & Worrell TW. (1997). EMG analysis of lower extremity muscle recruitment patterns during an unloaded squat. Med Sci Sports Exerc 29, 532-539
19- Shelburne KB & Pandy MG. (1998). Determinants of cruciate-ligament loading during rehabilitation exercise. Clin Biomech (Bristol, Avon) 13, 403-413.
20- Caterisano A, Moss RF, Pellinger TK, Woodruff K, Lewis VC, Booth W, and Khadra T. The effect of back squat depth on the EMG activity of 4 superficial hip and thigh muscles. Journal of Strength and Conditioning Research. 16(3):428 – 432. 2002
Artigo elaborado por Luis Claudio Bossi e colaboração de Joziane Teixeira Santos